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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sou da realeza, e daí?



Uma vez, me peguei pensando no por quê muitas garotas têm aversão aos tão aclamados "contos de fadas". Devo confessar que também passei por uma época desgostosa onde só de mencionadas as palavras "princesa", "príncipe encantado", "castelo", "palácio", "rei" e "rainha", sentia algo ruim dentro de mim. Não era repulsa, revolta nem nada, pelo contrário, sempre gostei de castelos, princesas e etc. Mas parei para prestar atenção no que estava acontecendo comigo.Sempre que assistia filmes sobre princesas parava para observar. A maioria avassaladora mostrava a garota que sempre corria atrás do príncipe encantado super gato, maravilhoso e tudo de bom, enquanto o mister garanhão ficava de barriga para cima, só ganhando comida na boca e tudo de bandeja nas mãos.
Então, eu entendi. Entendi que infelizmente os tempos mudam. E infelizmente, as mulheres ao ganharem seu espaço, entenderam que até nos contos de fadas, os homens, os garanhões que nunca faziam nada durante a história inteira, ganhavam a fama. Acho que toda mulher quer que o "príncipe encantado" corra atrás e faça por onde de ter sua amada por perto. Por isso que imagino ter "A Bela Adormecida" da versão dos Irmãos Grimm como minha história favorita. O príncipe lutou para chegar até o quarto da bela dama, e é isso que a maioria avassaladora das mulheres quer. Afinal, já lutamos por tantas coisas no dia-a-dia, que queremos que alguém lute por nós, que alguém mostre que temos valor e merecemos alguma coisa de alguém.
Hoje, não vemos mais adolescentes e mulheres mais velhas sonhando com um príncipe, porque não se consideram princesas ou ladies da alta sociedade, acham que precisam ser delicadas 24 horas por dia, não falar nada desrespeitoso com alguém, ser bonita e se produzir ao máximo quando sair de casa. O mundo nos força a abandonar a coroa, os sofrimentos que passamos faz-nos esquecer qualquer felicidade, viramos seres amargos que tentam arrasar com a felicidade de todos.
Ok, no fundo toda mulher quer se sentir alguém importante, seja duquesa, princesa ou até rainha. Então por que não ser? O mundo sempre tentou rebaixar qualquer um que se sinta bem. Basta se lembrar da seguinte situação: eu sou alguém da nobreza porque eu me sinto nobre, e se sou nobre, ninguém pode me dar ordens, consequentemente não me rebaixarei.
Com o tempo, nós aprendemos a deixar o botãozinho do "foda-se" ligado, e nossa nobreza vai cada vez mais aflorando dignamente em nós. E esqueça essa história de que tem que ser uma pessoa educada, delicada e o caralho a quatro. Você tem que se sentir bem, e não ser alguém que não é. Eu sou uma dama, vivo em colapso com o mundo, quando saio de casa, a minha postura de superioridade faz com que as pessoas olhem para mim, e isso amedronta muitos e muitas. Mas, quando assume a posição de uma dama/lorde, você vai ser visualizado com mais facilidade. Infelizmente é um posto a carregar em sua vida. Não é ruim, apenas diferente, quando você assume o que realmente é, o que realmente quer ser, e muitos olharão para você com admiração, por ter tido a coragem que não tiveram. 
Resultado: você tem que ser uma pessoa delicada(no caso da mulheres), ser meiga o tempo todo e concordar com o que os outros falam? NÃO CARALHO! Você pode ser uma pessoa normal, ter posses ou não! A única coisa que você deve ter é perseverança e compreender que nem sempre será fácil. Eu sou uma dama porque eu me sinto uma dama! Eu sou uma princesa porque eu me sinto uma princesa! Eu sou uma rainha porque eu me sinto uma rainha! Não devo satisfações a ninguém e me orgulho de manter minha nobreza acima dessas roupas tão comuns. 
Seja o que for, jamais interprete que o pior da vida é ser humilhada por estar sendo quem você é e quem quer ser. Porque humilhante é a atitude dos outros de tentar rebaixar e exterminar com sua alegria. Eles se humilham por não experimentar a mesma felicidade. So, my lady, don't worry. Only keep calm and smile!
Bye!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A primeira peça que tive/pretendo ter...


Enfim, como quase todas as lolitas brasileiras que já ouvi falar, minha primeira peça lolita foi uma peça handmade. Motivos: precisava ver se era realmente isso que gostaria de seguir. Sou gorda e preguiçosa demais para sair procurando brands que serviriam em mim, principalmente porque a marca que mais amei(Moi memê Moitié) tinha e tem a fama de servir apenas em pessoas minúsculas. Faltava-me coragem de importar uma peça, por medo dela ser extraviada ou taxada e o dinheiro investido não ser meu. E muitos outros motivos...
Eu pesquisei, pesquisei, chorei muito, mandei ver na minha capacidade de persuasão e consegui! Praticamente plantei minha mãe na máquina de costura e ela fez para mim. Uma saia semi-godê azul-marinho, com rendinha de algodão, underbust, muito linda... E demorei muito para usá-la! Antes, pesquisei sobre tudo e mais um pouco! Fiz um teste de o que ficaria melhor com o quê. Mas o fato é que mesmo assim, comecei errando coisas simples, e depois fui me aprimorando. Hoje, tenho até um ero lolita montado(nada muito complicado, mas sim pelo corte do vestido). Não tirei fotos e nem postarei as que tenho no meu pc,  porque não é muito agradável de se ver uma pessoa já quase desmontada de suas roupas cheias de babados e enchimentos e a maquiagem já dando bolinhas para desmanchar.
Nunca tive muitas ambições de querer usar só burando, até porque eu tenho que estar tomando banho em notas de cem para isso! Convenhamos, ainda sou adolescente, estudante do último ano do ensino médio, e tiro proveitos de um salário de professora em um país que está pouco se fodendo para a educação... Mas provavelmente nos próximos três a sete meses estarei compartilhando minha experiência da compra que farei do meu dreamdress da Moitié. Sim, da Moitié... Mas é uma surpresa, por isso, sem fotos do modelo, ;) apesar qque meus amigos já estão até com medo da merda que vou fazer, rsrsrs
Esse post ficou curto, mas o fato maior é que não posso colocar as fotos aqui, então vai ficar miudinho mesmo(nem tudo é do jeito que a gente quer, sorry...) mas uma dica: é um modelo meio carinho lançado no meio do ano passado...
Até o próximo!

domingo, 10 de março de 2013

2 - Por que me interessei por lolita?


Estou demorando muito para publicar algo no blog, mas não estou tendo tempo para quase nada... Mal comecei o ano e já estou assim! Estudando para burro, correndo feito louca atrás do prejuízo, estudando para refazer o PAS no meio do ano e ainda com dois blogs para atualizar, histórias para escrever e lá bolinhas de obrigações para tempos livres...
Antes que me esqueça, estou com cinco, ISSO MESMO, CINCO! postagens arquitetadas aqui, mas por falta de imagens estou demorando tanto para atualizar!
Mas vamos lá...

Vou começar o segundo post sobre o desafio, que é: "Por que me interessei por lolita?"
Desde pequena, minha mãe me tacava vestidos rodados e sapatos de boneca... Tive alguns meses de fanatismo à lá Barbie, mas mesmo assim, sempre tive uma paixão descompensada por bonecas de verdade, chá com as bonecas de porcelana da tia, andando por aí me imaginando ser uma princesa, e mesmo não gostando muito de rosa e cores vivas, sempre tive um atrativo por reinados, contos de fadas, e as eras Vitoriana e Rococó.
Princesas de contos de fadas chamam minha atenção. Não. Não qualquer princesa. Uma princesa em específico. De uma história em específico. A Bela Adormecida, na versão dos Irmãos Grimm. Sempre achei lindo a história da princesa amaldiçoada em espetar o dedo no fuso de uma roca, adormecer profundamente e ser desperta por um príncipe que batalhou pra alcançar a torre a qual ela estava. Suspiro de amores pelos contos dos Irmãos Griim, mas A Bela Adormecida é o que chama mais minha atenção, pelo fato de mostrar mais atividade do príncipe da história, mesmo correndo tantos perigos.
Bem, por que estou falando isso logo agora? Vou chegar lá...
Mesmo deixando o lado cor-de-rosa para trás, sempre tive um amor por castelos, palácios, casarões, jogos de chá e muito mais...
Quando descobri a moda através do meu estilo de música favorito(sim, foi por causa do Visual-kei), foi paixão à primeira vista... Ver meninas que realmente pareciam bonecas e saber que eu podia ser uma também encheu meu coração de esperanças... Sei que muitas meninas desistem nas primeiras pesquisas após ver tantos impedimentos... As regras, para ser mais específica, são o que mais dificulta uma pessoa a iniciar na moda. Mas eu apenas vejo como desafio. Um desafio que superei aos poucos e ainda estou superando... 
Sempre fui adepta à feminilidade como beleza essencial de toda mulher, desde que não voltada à sensualidade e vulgaridade... Resumindo: me identifiquei muito à moda Lolita, mesmo que não voltada para o Sweet, que seria o mais boneca e delicado possível.
Conheci a moda através de Versailles e Moi dix Mois, com as coleções da Baby e a marca Moi même Moitié... E antes que comecem a falar que "ah, Gothic Lolita é para iniciantes, e blábláblá", eu simplesmente digo que não me sinto confortável em usar roupas claras, e tenho uma paixonite pelos modelos da Moitié...
Minhas brands favoritas são:

E vamos logo par algumas fotos de inspiração... 








Enfim, foram poucas porque estou correndo, tenho que sair daqui a pouco e não sei quando vou voltar para postar... Até lá, me despeço com um breve adeus... 
Abraços, 
Camila

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O sub-estilo que pretendo seguir e o motivo


Lembrando que esse post está no meu outro blog Doce Alternativo Mundo

Como já devem saber, já tem mais de um ano que sou adepta ao gothic/classical lolita. E isso acaba sendo taxado por algumas pessoas como comum demais, afinal as pesquisas sobre lolita na porção ocidental do planeta quase sempre caem nesse sub-estilo. Mas o fato é que é difícil de coordenar um outfit gothic perfeito. Por quê? Muitos têm a péssima ideia que um vestido preto volumoso, meias pretas e sapatos mary jane pretos é um out gothic lolita. Tipo, vejo pessoas que coordenam maravilhosamente uma peça simples com o formato apropriado, e vejo pessoas que com um vestido de fucking 900 reais da moitié conseguem assassinar o nome e a imagem do design de Mana-sama!
Sou uma pessoa do tipo "se todos conseguem, eu também consigo, se ninguém conseguiu vou tentar chegar lá", mas convenhamos que uma estudante do ensino médio dependente de um salário de professora de escola pública não pode fazer lá grandes coisas, mas meus sonhos são maiores que meus impedimentos, então um dia chegarei lá! Dizem para mim, que pelo meu biotipo, não poderia estar usando pelas volumosas, saias com muito babado, e blusas com detalhes tão chamativos quanto as peças em lolita. Sou uma adolescente do tipo GG e isso me incomoda muito(qual adolescente  não incomoda?), principalmente porque quase todas as roupas de brands que me encantaram são minúsculas, feitas para meninas asiáticas e não para brasileiras com 120 cm de quadril e 95 de cintura.
Então, sabe por que não uso outros sub-estilos como Sweet? Porque não me sinto bem em imaginar usando cores em minhas roupas. Vejamos... Gosto de coisas fofinhas e meiguinhas, acho lindo. Mas não me sinto confortável nem em imaginar usando um ultra-sweet, como algumas meninas gostam... O que é no mínimo estranho, mas nem sei mais o que faço da vida. Classical me atrai, chama minha atenção a beleza do maduro e discreto. Já montei vários coords classical mais puxado para o gothic, e classical mais sweet(sim, já usei, mas não gostei de me ver com roupas mais claras).
E para esse ano, já estou organizando tanto finanças quanto disposição para montar um out pirate lolita, e vou me jogar mais de cabeça em Aristocrat(sei que não é lolita, mas descobri magicamente que aristocrat não ficaria tão absurdamente estranho em uma garota gorda! Feliz, feliz=D ), e acho que por hora são esses dois... Não me leve a mal, mas é que realmente tenho um capote de carreta(?) por piratas, tapa-olhos, botas de fivelas, e tenho uma virada por elementos "aristocráticos", nobres, e menos cores...
Então, acho que é isso... Esse foi o primeiro post do desafio, e pretendo voltar com mais frequência a partir de agora(sem garantias...)
Até os próximos!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Lolita: o descobrimento!

Lolita: o descobrimento!

Pois é... Conheço a moda Lolita já faz um tempo, mas de fato, aderi no início do ano passado. 
Penso que como quase todo mundo do lado de cá, conheci a moda através da música. Explicação: a primeira vez que ouvi falar sobre a moda Lolita foi quando conheci Versailles, estava lendo alguns blogs e me deparei com um post sobre inspiração musical em Lolita. Fiquei intrigada. Afinal, o que era isso? Comecei a pesquisar, mas para a época, não me interessei muito, ainda estava meio deprimida pela morte do meu avô... Então, apenas observava de longe... Porém, em 2011, eu comecei a me aproximar de novo do estilo, e agora, um pouco mais madura, sabia que era isso mesmo que queria...
Desde a morte de meu avô que tenho mudado meu estilo drasticamente. O pior é que foi, tipo, da noite para o dia... Emburrei com minhas roupas, comecei a ouvir música mais pesada. Na realidade, minha família nunca foi de ouvir funk, samba, pagode, essas coisas. Então, a aceitação apesar de difícil, foi mais rápida.
Mas o fato era: com onze anos já tinha ouvido tudo quanto é tipo de rock ocidental(leia-se tudo mesmo) e não mantinha um foco em alguns estilos, pelo contrário, gostava, mas não tinha capacidade de ficar ouvindo direto como alguns amigos meus. Viajei pelos mais variados estilos de vida, já fui (e ainda sou) roqueira, punk, tinha um apreço enorme pela subcultura gótica(não posso falar que já fui gótica, porque estarei ofendendo quem é, afinal, você não deixa de ser uma subcultura)... Então, em 2009, conheci o maravilhoso mundo do J-rock e Visual Kei... Foi como uma injeção de ânimo na minha vida. Tudo parecia estar indo maravilhosamente bem. Comecei a pesquisar mais, ouvia as músicas, me divertia mais. Aí eu pensei: encontrei meu lugar... Então, em 2011, para me completar, montei meu primeiro outfit lolita. E não, não foi de brand, porque o meu vestido dos sonhos não servia em mim, além do que, ainda estava e ainda estou crescendo(que vergonha falar isso)...
Quando me encontrei no estilo que queria, senti-me totalmente realizada. Descobri maravilhas que em um mundo denominado "comum" eu não descobriria nem em trocentas pesquisas e anos de experiência. Descobri que se eu quero ser eu mesma, sempre vou precisar me esquecer do mundo que há do lado de fora do meu recanto. Descobri que se eu quiser viver de bem comigo, terei de aprender a conviver com o preconceito de grande parte da população, que assume a ignorância como sistema vital. Descobri que mesmo sua família não gostando, você pode convencê-la de que  você se sente bem assim, mesmo que os outros achem estranho e até debochem. Descobri que persuasão é o mais conveniente em horas de sufoco enquanto utilizo minhas anáguas. Descobri como escapar de uma multidão insana em um festival onde todos bêbados tentam agarrar a boneca gordinha que fala. Descobri que segunda-mão pode ser uma boa pedida, além de incrementar seu guarda-roupas, é mais prático porque as peças já estão mais próximas(o frete é mais barato,xD) e querendo ou não é mais econômico também. E principalmente, descobri que ser quem você realmente é e quer ser, abre ainda mais a sua possibilidade de se dar bem na vida.
Descobri que ser 'sozinha', que não ter amizades que tenham o seu estilo de vida, usem roupas parecidas com as suas ou falem da mesma maneira que você, não é ser anti-social. Cada pessoa tem uma forma de pensar. Se eu fosse seguir a linha de pensamento da minha melhor amiga por exemplo, estaria dançando funk e pagode, morrendo de amores pelo Neymar, chorando com as músicas do Restart e por aí vai... Sabe por que nos damos bem? Ela aceita o jeito que eu sou e eu aceito o jeito que ela é... Não vou impor o meu modo de vida para ela, ela acompanha minha linha de raciocínio com muito humor e vivemos brincando uma com o estilo de vida da outra. Sinceramente? Eu tenho muito orgulho de tê-la como amiga, mas não fico andando como ela, não acompanho as mesmas escolhas dela. Para termos amigos, não precisamos ser como eles ou que eles sejam como nós. Não precisamos fazer amizades só porque a pessoa tem o mesmo jeito de falar, andar e se vestir como o seu. Fazemos amizades pelo caráter da pessoa, pela forma que ela te trata, pela forma que entende você e suas ladainhas, pela pessoa que é, e acima de tudo, pelo que ela faz você sentir.
E por último, descobri que a melhor forma de fazer os outros entenderem você sem brigar, sofrer ou chorar, é ser você mesmo! Sim, repito isso aqui embaixo, porque ser você mesmo, falar ao seu modo, agir da forma que bem entender e conviver com as pessoas ao mais 'natural' possível, é fazer os outros enxergarem que também merecemos respeito. Você vai fazer a pessoa entender, que só porque é diferente no seu estilo, não vai passar a ser extremamente entojado de acordo com a roupa... Aconteceu isso comigo. No início muitos ficaram mais afastados de mim por causa das minhas roupas. Mas os que eram amigos de verdade apenas aceitaram o fato que minhas roupas mudaram, mas eu continuei sendo a menina que eles conheceram; só mudei a embalagem, o conteúdo é o mesmo. =D

É isso, ficou meio confuso, mas os "descobrimentos" aqui relatados com certeza ficarão entranhados em mim como um órgão vital, reerguendo meu corpo toda vez que ele tropeçar, e forçando-me a seguir em frente. 
Bye, 
Panda