Passando para avisar que, mais uma vez mudei o endereço do meu blog... A partir de agora, Diário de uma Lolita solitária estará desativado até segunda ordem. O meu novo endereço é: Odisseias de uma lolita solitária e lá você pode ver meus novos posts.
Bem, acho que é isso...
Nos vemos lá xD
Panda
quarta-feira, 4 de junho de 2014
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Sou da realeza, e daí?
Uma vez, me peguei pensando no por quê muitas garotas têm aversão aos tão aclamados "contos de fadas". Devo confessar que também passei por uma época desgostosa onde só de mencionadas as palavras "princesa", "príncipe encantado", "castelo", "palácio", "rei" e "rainha", sentia algo ruim dentro de mim. Não era repulsa, revolta nem nada, pelo contrário, sempre gostei de castelos, princesas e etc. Mas parei para prestar atenção no que estava acontecendo comigo.Sempre que assistia filmes sobre princesas parava para observar. A maioria avassaladora mostrava a garota que sempre corria atrás do príncipe encantado super gato, maravilhoso e tudo de bom, enquanto o mister garanhão ficava de barriga para cima, só ganhando comida na boca e tudo de bandeja nas mãos.
Então, eu entendi. Entendi que infelizmente os tempos mudam. E infelizmente, as mulheres ao ganharem seu espaço, entenderam que até nos contos de fadas, os homens, os garanhões que nunca faziam nada durante a história inteira, ganhavam a fama. Acho que toda mulher quer que o "príncipe encantado" corra atrás e faça por onde de ter sua amada por perto. Por isso que imagino ter "A Bela Adormecida" da versão dos Irmãos Grimm como minha história favorita. O príncipe lutou para chegar até o quarto da bela dama, e é isso que a maioria avassaladora das mulheres quer. Afinal, já lutamos por tantas coisas no dia-a-dia, que queremos que alguém lute por nós, que alguém mostre que temos valor e merecemos alguma coisa de alguém.
Hoje, não vemos mais adolescentes e mulheres mais velhas sonhando com um príncipe, porque não se consideram princesas ou ladies da alta sociedade, acham que precisam ser delicadas 24 horas por dia, não falar nada desrespeitoso com alguém, ser bonita e se produzir ao máximo quando sair de casa. O mundo nos força a abandonar a coroa, os sofrimentos que passamos faz-nos esquecer qualquer felicidade, viramos seres amargos que tentam arrasar com a felicidade de todos.
Ok, no fundo toda mulher quer se sentir alguém importante, seja duquesa, princesa ou até rainha. Então por que não ser? O mundo sempre tentou rebaixar qualquer um que se sinta bem. Basta se lembrar da seguinte situação: eu sou alguém da nobreza porque eu me sinto nobre, e se sou nobre, ninguém pode me dar ordens, consequentemente não me rebaixarei.
Com o tempo, nós aprendemos a deixar o botãozinho do "foda-se" ligado, e nossa nobreza vai cada vez mais aflorando dignamente em nós. E esqueça essa história de que tem que ser uma pessoa educada, delicada e o caralho a quatro. Você tem que se sentir bem, e não ser alguém que não é. Eu sou uma dama, vivo em colapso com o mundo, quando saio de casa, a minha postura de superioridade faz com que as pessoas olhem para mim, e isso amedronta muitos e muitas. Mas, quando assume a posição de uma dama/lorde, você vai ser visualizado com mais facilidade. Infelizmente é um posto a carregar em sua vida. Não é ruim, apenas diferente, quando você assume o que realmente é, o que realmente quer ser, e muitos olharão para você com admiração, por ter tido a coragem que não tiveram.
Resultado: você tem que ser uma pessoa delicada(no caso da mulheres), ser meiga o tempo todo e concordar com o que os outros falam? NÃO CARALHO! Você pode ser uma pessoa normal, ter posses ou não! A única coisa que você deve ter é perseverança e compreender que nem sempre será fácil. Eu sou uma dama porque eu me sinto uma dama! Eu sou uma princesa porque eu me sinto uma princesa! Eu sou uma rainha porque eu me sinto uma rainha! Não devo satisfações a ninguém e me orgulho de manter minha nobreza acima dessas roupas tão comuns.
Seja o que for, jamais interprete que o pior da vida é ser humilhada por estar sendo quem você é e quem quer ser. Porque humilhante é a atitude dos outros de tentar rebaixar e exterminar com sua alegria. Eles se humilham por não experimentar a mesma felicidade. So, my lady, don't worry. Only keep calm and smile!
Bye!
segunda-feira, 1 de abril de 2013
A primeira peça que tive/pretendo ter...
Enfim, como quase todas as lolitas brasileiras que já ouvi falar, minha primeira peça lolita foi uma peça handmade. Motivos: precisava ver se era realmente isso que gostaria de seguir. Sou gorda e preguiçosa demais para sair procurando brands que serviriam em mim, principalmente porque a marca que mais amei(Moi memê Moitié) tinha e tem a fama de servir apenas em pessoas minúsculas. Faltava-me coragem de importar uma peça, por medo dela ser extraviada ou taxada e o dinheiro investido não ser meu. E muitos outros motivos...
Eu pesquisei, pesquisei, chorei muito, mandei ver na minha capacidade de persuasão e consegui! Praticamente plantei minha mãe na máquina de costura e ela fez para mim. Uma saia semi-godê azul-marinho, com rendinha de algodão, underbust, muito linda... E demorei muito para usá-la! Antes, pesquisei sobre tudo e mais um pouco! Fiz um teste de o que ficaria melhor com o quê. Mas o fato é que mesmo assim, comecei errando coisas simples, e depois fui me aprimorando. Hoje, tenho até um ero lolita montado(nada muito complicado, mas sim pelo corte do vestido). Não tirei fotos e nem postarei as que tenho no meu pc, porque não é muito agradável de se ver uma pessoa já quase desmontada de suas roupas cheias de babados e enchimentos e a maquiagem já dando bolinhas para desmanchar.
Nunca tive muitas ambições de querer usar só burando, até porque eu tenho que estar tomando banho em notas de cem para isso! Convenhamos, ainda sou adolescente, estudante do último ano do ensino médio, e tiro proveitos de um salário de professora em um país que está pouco se fodendo para a educação... Mas provavelmente nos próximos três a sete meses estarei compartilhando minha experiência da compra que farei do meu dreamdress da Moitié. Sim, da Moitié... Mas é uma surpresa, por isso, sem fotos do modelo, ;) apesar qque meus amigos já estão até com medo da merda que vou fazer, rsrsrs
Esse post ficou curto, mas o fato maior é que não posso colocar as fotos aqui, então vai ficar miudinho mesmo(nem tudo é do jeito que a gente quer, sorry...) mas uma dica: é um modelo meio carinho lançado no meio do ano passado...
Até o próximo!
domingo, 10 de março de 2013
2 - Por que me interessei por lolita?
Estou demorando muito para publicar algo no blog, mas não estou tendo tempo para quase nada... Mal comecei o ano e já estou assim! Estudando para burro, correndo feito louca atrás do prejuízo, estudando para refazer o PAS no meio do ano e ainda com dois blogs para atualizar, histórias para escrever e lá bolinhas de obrigações para tempos livres...
Antes que me esqueça, estou com cinco, ISSO MESMO, CINCO! postagens arquitetadas aqui, mas por falta de imagens estou demorando tanto para atualizar!
Mas vamos lá...
Vou começar o segundo post sobre o desafio, que é: "Por que me interessei por lolita?"
Desde pequena, minha mãe me tacava vestidos rodados e sapatos de boneca... Tive alguns meses de fanatismo à lá Barbie, mas mesmo assim, sempre tive uma paixão descompensada por bonecas de verdade, chá com as bonecas de porcelana da tia, andando por aí me imaginando ser uma princesa, e mesmo não gostando muito de rosa e cores vivas, sempre tive um atrativo por reinados, contos de fadas, e as eras Vitoriana e Rococó.
Princesas de contos de fadas chamam minha atenção. Não. Não qualquer princesa. Uma princesa em específico. De uma história em específico. A Bela Adormecida, na versão dos Irmãos Grimm. Sempre achei lindo a história da princesa amaldiçoada em espetar o dedo no fuso de uma roca, adormecer profundamente e ser desperta por um príncipe que batalhou pra alcançar a torre a qual ela estava. Suspiro de amores pelos contos dos Irmãos Griim, mas A Bela Adormecida é o que chama mais minha atenção, pelo fato de mostrar mais atividade do príncipe da história, mesmo correndo tantos perigos.
Bem, por que estou falando isso logo agora? Vou chegar lá...
Mesmo deixando o lado cor-de-rosa para trás, sempre tive um amor por castelos, palácios, casarões, jogos de chá e muito mais...
Quando descobri a moda através do meu estilo de música favorito(sim, foi por causa do Visual-kei), foi paixão à primeira vista... Ver meninas que realmente pareciam bonecas e saber que eu podia ser uma também encheu meu coração de esperanças... Sei que muitas meninas desistem nas primeiras pesquisas após ver tantos impedimentos... As regras, para ser mais específica, são o que mais dificulta uma pessoa a iniciar na moda. Mas eu apenas vejo como desafio. Um desafio que superei aos poucos e ainda estou superando...
Sempre fui adepta à feminilidade como beleza essencial de toda mulher, desde que não voltada à sensualidade e vulgaridade... Resumindo: me identifiquei muito à moda Lolita, mesmo que não voltada para o Sweet, que seria o mais boneca e delicado possível.
Conheci a moda através de Versailles e Moi dix Mois, com as coleções da Baby e a marca Moi même Moitié... E antes que comecem a falar que "ah, Gothic Lolita é para iniciantes, e blábláblá", eu simplesmente digo que não me sinto confortável em usar roupas claras, e tenho uma paixonite pelos modelos da Moitié...
Minhas brands favoritas são:
E vamos logo par algumas fotos de inspiração...
Enfim, foram poucas porque estou correndo, tenho que sair daqui a pouco e não sei quando vou voltar para postar... Até lá, me despeço com um breve adeus...
Abraços,
Camila
domingo, 17 de fevereiro de 2013
O sub-estilo que pretendo seguir e o motivo
Lembrando que esse post está no meu outro blog Doce Alternativo Mundo
Como já devem saber, já tem mais de um ano que sou adepta ao gothic/classical lolita. E isso acaba sendo taxado por algumas pessoas como comum demais, afinal as pesquisas sobre lolita na porção ocidental do planeta quase sempre caem nesse sub-estilo. Mas o fato é que é difícil de coordenar um outfit gothic perfeito. Por quê? Muitos têm a péssima ideia que um vestido preto volumoso, meias pretas e sapatos mary jane pretos é um out gothic lolita. Tipo, vejo pessoas que coordenam maravilhosamente uma peça simples com o formato apropriado, e vejo pessoas que com um vestido de fucking 900 reais da moitié conseguem assassinar o nome e a imagem do design de Mana-sama!
Sou uma pessoa do tipo "se todos conseguem, eu também consigo, se ninguém conseguiu vou tentar chegar lá", mas convenhamos que uma estudante do ensino médio dependente de um salário de professora de escola pública não pode fazer lá grandes coisas, mas meus sonhos são maiores que meus impedimentos, então um dia chegarei lá! Dizem para mim, que pelo meu biotipo, não poderia estar usando pelas volumosas, saias com muito babado, e blusas com detalhes tão chamativos quanto as peças em lolita. Sou uma adolescente do tipo GG e isso me incomoda muito(qual adolescente não incomoda?), principalmente porque quase todas as roupas de brands que me encantaram são minúsculas, feitas para meninas asiáticas e não para brasileiras com 120 cm de quadril e 95 de cintura.
Então, sabe por que não uso outros sub-estilos como Sweet? Porque não me sinto bem em imaginar usando cores em minhas roupas. Vejamos... Gosto de coisas fofinhas e meiguinhas, acho lindo. Mas não me sinto confortável nem em imaginar usando um ultra-sweet, como algumas meninas gostam... O que é no mínimo estranho, mas nem sei mais o que faço da vida. Classical me atrai, chama minha atenção a beleza do maduro e discreto. Já montei vários coords classical mais puxado para o gothic, e classical mais sweet(sim, já usei, mas não gostei de me ver com roupas mais claras).
E para esse ano, já estou organizando tanto finanças quanto disposição para montar um out pirate lolita, e vou me jogar mais de cabeça em Aristocrat(sei que não é lolita, mas descobri magicamente que aristocrat não ficaria tão absurdamente estranho em uma garota gorda! Feliz, feliz=D ), e acho que por hora são esses dois... Não me leve a mal, mas é que realmente tenho um capote de carreta(?) por piratas, tapa-olhos, botas de fivelas, e tenho uma virada por elementos "aristocráticos", nobres, e menos cores...
Então, acho que é isso... Esse foi o primeiro post do desafio, e pretendo voltar com mais frequência a partir de agora(sem garantias...)
Até os próximos!
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Lolita: o descobrimento!
Lolita: o descobrimento!
Pois é... Conheço a moda Lolita já faz um tempo, mas de fato, aderi no início do ano passado.
Penso que como quase todo mundo do lado de cá, conheci a moda através da música. Explicação: a primeira vez que ouvi falar sobre a moda Lolita foi quando conheci Versailles, estava lendo alguns blogs e me deparei com um post sobre inspiração musical em Lolita. Fiquei intrigada. Afinal, o que era isso? Comecei a pesquisar, mas para a época, não me interessei muito, ainda estava meio deprimida pela morte do meu avô... Então, apenas observava de longe... Porém, em 2011, eu comecei a me aproximar de novo do estilo, e agora, um pouco mais madura, sabia que era isso mesmo que queria...
Desde a morte de meu avô que tenho mudado meu estilo drasticamente. O pior é que foi, tipo, da noite para o dia... Emburrei com minhas roupas, comecei a ouvir música mais pesada. Na realidade, minha família nunca foi de ouvir funk, samba, pagode, essas coisas. Então, a aceitação apesar de difícil, foi mais rápida.
Mas o fato era: com onze anos já tinha ouvido tudo quanto é tipo de rock ocidental(leia-se tudo mesmo) e não mantinha um foco em alguns estilos, pelo contrário, gostava, mas não tinha capacidade de ficar ouvindo direto como alguns amigos meus. Viajei pelos mais variados estilos de vida, já fui (e ainda sou) roqueira, punk, tinha um apreço enorme pela subcultura gótica(não posso falar que já fui gótica, porque estarei ofendendo quem é, afinal, você não deixa de ser uma subcultura)... Então, em 2009, conheci o maravilhoso mundo do J-rock e Visual Kei... Foi como uma injeção de ânimo na minha vida. Tudo parecia estar indo maravilhosamente bem. Comecei a pesquisar mais, ouvia as músicas, me divertia mais. Aí eu pensei: encontrei meu lugar... Então, em 2011, para me completar, montei meu primeiro outfit lolita. E não, não foi de brand, porque o meu vestido dos sonhos não servia em mim, além do que, ainda estava e ainda estou crescendo(que vergonha falar isso)...
Quando me encontrei no estilo que queria, senti-me totalmente realizada. Descobri maravilhas que em um mundo denominado "comum" eu não descobriria nem em trocentas pesquisas e anos de experiência. Descobri que se eu quero ser eu mesma, sempre vou precisar me esquecer do mundo que há do lado de fora do meu recanto. Descobri que se eu quiser viver de bem comigo, terei de aprender a conviver com o preconceito de grande parte da população, que assume a ignorância como sistema vital. Descobri que mesmo sua família não gostando, você pode convencê-la de que você se sente bem assim, mesmo que os outros achem estranho e até debochem. Descobri que persuasão é o mais conveniente em horas de sufoco enquanto utilizo minhas anáguas. Descobri como escapar de uma multidão insana em um festival onde todos bêbados tentam agarrar a boneca gordinha que fala. Descobri que segunda-mão pode ser uma boa pedida, além de incrementar seu guarda-roupas, é mais prático porque as peças já estão mais próximas(o frete é mais barato,xD) e querendo ou não é mais econômico também. E principalmente, descobri que ser quem você realmente é e quer ser, abre ainda mais a sua possibilidade de se dar bem na vida.
Descobri que ser 'sozinha', que não ter amizades que tenham o seu estilo de vida, usem roupas parecidas com as suas ou falem da mesma maneira que você, não é ser anti-social. Cada pessoa tem uma forma de pensar. Se eu fosse seguir a linha de pensamento da minha melhor amiga por exemplo, estaria dançando funk e pagode, morrendo de amores pelo Neymar, chorando com as músicas do Restart e por aí vai... Sabe por que nos damos bem? Ela aceita o jeito que eu sou e eu aceito o jeito que ela é... Não vou impor o meu modo de vida para ela, ela acompanha minha linha de raciocínio com muito humor e vivemos brincando uma com o estilo de vida da outra. Sinceramente? Eu tenho muito orgulho de tê-la como amiga, mas não fico andando como ela, não acompanho as mesmas escolhas dela. Para termos amigos, não precisamos ser como eles ou que eles sejam como nós. Não precisamos fazer amizades só porque a pessoa tem o mesmo jeito de falar, andar e se vestir como o seu. Fazemos amizades pelo caráter da pessoa, pela forma que ela te trata, pela forma que entende você e suas ladainhas, pela pessoa que é, e acima de tudo, pelo que ela faz você sentir.
E por último, descobri que a melhor forma de fazer os outros entenderem você sem brigar, sofrer ou chorar, é ser você mesmo! Sim, repito isso aqui embaixo, porque ser você mesmo, falar ao seu modo, agir da forma que bem entender e conviver com as pessoas ao mais 'natural' possível, é fazer os outros enxergarem que também merecemos respeito. Você vai fazer a pessoa entender, que só porque é diferente no seu estilo, não vai passar a ser extremamente entojado de acordo com a roupa... Aconteceu isso comigo. No início muitos ficaram mais afastados de mim por causa das minhas roupas. Mas os que eram amigos de verdade apenas aceitaram o fato que minhas roupas mudaram, mas eu continuei sendo a menina que eles conheceram; só mudei a embalagem, o conteúdo é o mesmo. =D
É isso, ficou meio confuso, mas os "descobrimentos" aqui relatados com certeza ficarão entranhados em mim como um órgão vital, reerguendo meu corpo toda vez que ele tropeçar, e forçando-me a seguir em frente.
Bye,
Panda
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Eterna criança à moda antiga
Ainda sou nova, é fato dizer, estou indo para o terceiro ano agora, mas, já faz muito tempo que não sei exatamente o que é uma brincadeira de crianças... Sou apenas mais uma adolescente correndo contra o tempo para descobrir o que fazer da minha vida. Quando era pequena queria ser multifuncional, ao mesmo tempo que queria ser médica, queria trabalhar com moda e com livros... Mas agora? No último ano do ensino médio, a última etapa para a faculdade precisa ser vencida, e assim, sou obrigada cada vez mais a deixar minhas amadas brincadeiras de crianças fora do meu plano presente.
Porém, ao mesmo tempo, dou graças aos céus que cresci... De uma forma desajeitada, mas cresci... Não posso dizer que aceito e apoio a ideia de viver como um adulto, trabalhar como um, e especialmente criar um para habitar esse corpo desajeito e gordo que possuo. A verdade é que muito triste fico. Imaginar o mundo cinza que um adulto normal tem, me deixa cada vez mais cabisbaixa. Pensar em largar meus brinquedos, meus desenhos animados, minhas corridas pelas fazendas dos parentes, e focar-me apenas em estudos, em trigonometria, biologia, história e geografia, literatura importante, vestibular e provas pesadas, faz meu corpo retesar ainda mais a ideia da idade passando rápido.
Mas é como muitos dizem, o mundo sempre vai estar mudando, não importa o que você faça... Minha infância foi muito bem aproveitada, e minhas fases também... Minha mãe sempre disse que eu sou uma menina de fases, sou uma metamorfose ambulante, e eu prefiro assim... Brinquei muito, mas não brincar de ficar trancada em uma casa, apertando botõezinhos de manetes. Brinquei com outras crianças na rua, aprontei muito com minha família, assisti aos Teletubbies, Ursinhos Carinhosos, Hamtaro, Dragon Ball Z, Yu-Gi-Yo, Pokémon, e muitos outros desenhos e programas maravilhosos.
Hoje, o mundo para as crianças está diferente, está perigoso, malvado. Elas não podem mais sair de casa porque correm riscos com tanta violência que o mundo tomou conhecimento. Essa é uma das razões pela qual não gostaria de ser criança dessa época. Criança não pode ficar trancafiada, faz mal para ela, tanto física como mentalmente.
Quero sim, continuar a ser criança, mas aquela criança da minha época, livre, onde as meninas brincavam de bonecas e jogavam bola com os meninos, e mesmo que o corpo e a responsabilidade ocupem o mundo adulto, quero levar a criança que ainda existe em mim para onde querem que eu participe. Sendo assim, talvez uma eterna criança que vive ao modo antigo, não permitiria que seu futuro adulto fosse cinza e sem-graça. Pelo contrário, seria um mundo colorido e animado, o que talvez torne essa vida de trabalho e responsabilidades absurdas mais suportável...
Vou continuar com meus estudos, afinal, preciso seguir minha vida em frente, mas aquela menina de cabelos loiros e anelados, que brincava com seu aparelho de chá e assistia Hamtaro. Pois então, eu quero ser uma eterna criança que vive à moda antiga, uma verdadeira eterna criança. Porque com a felicidade que rege o coração infantil, conseguimos mais paciência e tranquilidade para agirmos de forma correta. Com a inocência de uma criança, o mundo nos parece ao mesmo tempo que mais tranquilos, mais cuidados sobre a visão do mundo...
Assim, essa eterna criança à moda antiga reza e luta para que seus objetivos sejam alcançados sem perder a esperança e a inocência da minha infância, e quem sabe se todos fizessem dessa forma, o mundo seria realmente mais suportável e agradável, sem violência e arrogância?
É. É isso mesmo. Vou crescer. Vou me tornar um adulto. Mas um adulto alegre, que vive no mundo colorido de uma agradável infância. Vou ser meu próprio sustento e o sustento de meus descendentes. Mas também vou ser a companheira de brincadeiras deles. Vou envelhecer brevemente, mas minha idade vai ser esquecida ao passo que me lembra de minha própria criança. Afinal, para o mundo e para Deus, crianças são eternas e livres de pecado e cheias de inocência e sabedoria. E quando a morte vier me abraçar, irei com prazer, afinal, terei vivido com todas as minhas forças minha real pessoa, minha real afinidade para com o mundo. E mesmo quando for para o outro plano, irei totalmente feliz, porque não há nada que tenha capacidade de acabar com a felicidade de uma criança realizada...
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Desabafos e (descargas) desencantos da consciência...
Depois de tanto tempo, senti falta de escrever no meu Querido Diário...
Com certeza na vida já levamos muitos nãos, muitos "foda-se", muitas palavras duras cuspidas em seu rosto, como se tais fossem modificar algo que você projeta há tanto tempo... Bem, muitas vezes, isso ocorre com muitas pessoas, elas se escondem, sofrem em silêncio, mudam seus comportamentos, e acabam infelizes, algumas ainda tentando levar consigo quem resiste para o buraco frio, obscuro, solitário...
Conheço pessoas que sofrem com isso, que têm gostos diferentes como eu, que gostam da forma como me visto, mas têm medo de se destacarem entre a multidão maquinal que presenciamos, e acho que em várias cidades do Brasil e do mundo.
Por que as pessoas sentem esse medo? Por que é tão difícil para elas seguirem sua própria forma de vida sem que os outros imponham regras absurdas e rigorosas em sua maneira de enxergar o mundo?
Focando apenas em estilo, em roupas, lembro-me de alguns fatos que estudei a um tempo atrás, que em épocas monárquicas, as pessoas que eram pegas vestidas com roupas mais bonitas que as da família real corriam risco de serem presas, mortas ou humilhadas em praça pública a mando de uma rainha ou rei invejosos... Mas e hoje? Não conquistamos nossa querida liberdade de expressão, nosso livre-arbítrio? Então temos o direito de nos vestir da maneira que quisermos, não? Errado; hoje as pessoas precisam se vestir de forma padronizada para não sofrer com o preconceito estereotipado de que tudo que é diferente é mal, é demoníaco, e tudo mais...
Se tal preconceito ficasse apenas em zombar ou se afastar, garanto que muitas pessoas ainda insistiriam em continuar usando as roupas que mais gostam... Porém, a humilhação chega a um ponto tão crítico que a força bruta é utilizada para intimidar as pessoas, para machucar não só a alma e o coração, já tão debilitados e doloridos de palavras cruéis, mas também o físico aparentemente "inabalável" de muitos...
Por qual motivo fazem isso? Isso realmente é uma pergunta muito difícil com muitas respostas, mas as prováveis são: "porque eles sentem inveja de sua coragem e sua capacidade de se destacar entre a multidão" ou "eles realmente acreditam que ser diferente é ser demoníaco, é fazer um pacto com Lúcifer, etc..." e se apegam tanto a isso que esquecem o lado humano de ser, esquecem que gosto é igual a c*, cada um tem um e usa da forma que bem entender sem dar satisfações a ninguém...
E o que mais dói, de verdade, não é ser humilhado, e sim ver que as crianças estão seguindo o mesmo caminho dos mais velhos, "esculachando", humilhando também os colegas de escola, os amigos da rua quando eles não seguem os mesmo hábitos que os seus... Quando vocês, sociedade, vão parar de desgraçar a vida de todo mundo? Quando vão perceber que não podemos ser iguais, não podemos ser estereotipados, não podemos simplesmente virar um clone perfeitinho vindo de fábrica, onde você configura tudo o que quer que ele tenha! E o que eu mais fico impressionada é ver que isso é considerado normal, enquanto ser você mesmo é ser esquisito, é pedir para ser debochado, e etc...
Sinceramente, quando é que vamos poder viver da forma que bem entendemos? Vocês não precisam ter medo de nós, não somos animais, somos seres humanos, e apesar de usarmos roupas diferentes ou sermos diferentes, temos sentimentos, queremos fazer amizades verdadeiras, e queremos que as pessoas entendam que isso(corpo e roupas) é uma casca, se somos esquisitos, na realidade você também é esquisito... Tome cuidado para não acabar mais esquisito que nós, queridos clones perfeitinhos do mundo.
Com carinho,
Panda
Com certeza na vida já levamos muitos nãos, muitos "foda-se", muitas palavras duras cuspidas em seu rosto, como se tais fossem modificar algo que você projeta há tanto tempo... Bem, muitas vezes, isso ocorre com muitas pessoas, elas se escondem, sofrem em silêncio, mudam seus comportamentos, e acabam infelizes, algumas ainda tentando levar consigo quem resiste para o buraco frio, obscuro, solitário...
Conheço pessoas que sofrem com isso, que têm gostos diferentes como eu, que gostam da forma como me visto, mas têm medo de se destacarem entre a multidão maquinal que presenciamos, e acho que em várias cidades do Brasil e do mundo.
Por que as pessoas sentem esse medo? Por que é tão difícil para elas seguirem sua própria forma de vida sem que os outros imponham regras absurdas e rigorosas em sua maneira de enxergar o mundo?
Focando apenas em estilo, em roupas, lembro-me de alguns fatos que estudei a um tempo atrás, que em épocas monárquicas, as pessoas que eram pegas vestidas com roupas mais bonitas que as da família real corriam risco de serem presas, mortas ou humilhadas em praça pública a mando de uma rainha ou rei invejosos... Mas e hoje? Não conquistamos nossa querida liberdade de expressão, nosso livre-arbítrio? Então temos o direito de nos vestir da maneira que quisermos, não? Errado; hoje as pessoas precisam se vestir de forma padronizada para não sofrer com o preconceito estereotipado de que tudo que é diferente é mal, é demoníaco, e tudo mais...
Se tal preconceito ficasse apenas em zombar ou se afastar, garanto que muitas pessoas ainda insistiriam em continuar usando as roupas que mais gostam... Porém, a humilhação chega a um ponto tão crítico que a força bruta é utilizada para intimidar as pessoas, para machucar não só a alma e o coração, já tão debilitados e doloridos de palavras cruéis, mas também o físico aparentemente "inabalável" de muitos...
Por qual motivo fazem isso? Isso realmente é uma pergunta muito difícil com muitas respostas, mas as prováveis são: "porque eles sentem inveja de sua coragem e sua capacidade de se destacar entre a multidão" ou "eles realmente acreditam que ser diferente é ser demoníaco, é fazer um pacto com Lúcifer, etc..." e se apegam tanto a isso que esquecem o lado humano de ser, esquecem que gosto é igual a c*, cada um tem um e usa da forma que bem entender sem dar satisfações a ninguém...
E o que mais dói, de verdade, não é ser humilhado, e sim ver que as crianças estão seguindo o mesmo caminho dos mais velhos, "esculachando", humilhando também os colegas de escola, os amigos da rua quando eles não seguem os mesmo hábitos que os seus... Quando vocês, sociedade, vão parar de desgraçar a vida de todo mundo? Quando vão perceber que não podemos ser iguais, não podemos ser estereotipados, não podemos simplesmente virar um clone perfeitinho vindo de fábrica, onde você configura tudo o que quer que ele tenha! E o que eu mais fico impressionada é ver que isso é considerado normal, enquanto ser você mesmo é ser esquisito, é pedir para ser debochado, e etc...
Sinceramente, quando é que vamos poder viver da forma que bem entendemos? Vocês não precisam ter medo de nós, não somos animais, somos seres humanos, e apesar de usarmos roupas diferentes ou sermos diferentes, temos sentimentos, queremos fazer amizades verdadeiras, e queremos que as pessoas entendam que isso(corpo e roupas) é uma casca, se somos esquisitos, na realidade você também é esquisito... Tome cuidado para não acabar mais esquisito que nós, queridos clones perfeitinhos do mundo.
Com carinho,
Panda
quarta-feira, 25 de julho de 2012
De bonecas de porcelana a bonecas quebradas
Ruas movimentadas, compras, trabalhos, passeios, pessoas andando apressadas de um lado para outro, carros, motos e pedestres competindo por espaço... E vindo lá devagar, simples, mas cheia de graça, uma princesa que desceu de sua magnifica torre para viver uma reles mortalidade destinada a todos... Sua tamanha graça, destreza para andar e coragem fazem as pessoas acompanharem com seus olhares a desenvoltura de tal bela pessoa.
Porém ela está sozinha, parece ser a única diferente em meio a dezenas de pessoas dentro de uma cidade pouco diversificada, e com isso acaba gerando uma coleção ainda maior de olhares e ofensas. E ela sente que cada vez mais vai se trancafiar em seu castelo cheio de babados, mimos e alegria mórbida... Mas ela sabe que isso a afetará ainda mais, quebrará a boneca impecável, sangrará, e as bandagens cada vez mais aparecerão em seu mundo...
Porém, como fazer para não abandonar sua vida e nem deixar os babados de lado? Muitos não conseguem por não saberem exatamente o que fazer... Por isso, aqui vão algumas dicas de minha autoria que podem ajudar no seu dia-a-dia...
• 1ª - (estive seriamente pensando em colocar essa dica aqui, porque quase todo mundo conhece, porém poucos a aplicam em seu dia-a-dia.) Se desligar: muitas vezes, as pessoas olham, riem, debocham, porque pensam que assim a diferença que exista entre ele e outro seja estupidamente igualada de forma que: "se o mais forte sobrevive, então EU serei o mais forte!". Muitas vezes o mais simples a fazer (ignorar) é o mais complicado, por isso recomendo que você literalmente se desligue em certos aspectos. Como assim? Bem, na maioria das vezes, quando tentamos ignorar tais comentários idiotas, não conseguimos por que temos que estar focadas, concentradas em ignorar, ou seja, não estamos ignorando, estamos apenas mudando o foco da importância e dos comentários.(Sinceramente, isso me dá uma dor de cabeça absurda) Um simples "piloto automático" pode resolver. Você sabe para onde vai? Se sim, deixe suas pernas te levarem; se não, tente decorar o caminho, e não preste atenção nas pessoas. Assim fica mais fácil(ou mais difícil) de não se sentir deslocada(o) enquanto não chega ao local que procura, por exemplo.
• 2ª - Ser cínico ou inocente. - Funciona assim: se mesmo ignorando ou não ligando para o que as pessoas falam, alguns apelam para a humilhação pública... Quando alguém debochar de sua roupa, simplesmente sorria(todos falam isso). Um sorriso ajuda a superar uma mágoa e a pessoa percebe que não pode atingi-la com palavras tão baixas e sem nexo.
• 3ª e mais importante de todas - ser você mesma(o) - muitas pessoas também comentam não apenas sobre suas roupas, mas sobre suas atitudes. Tudo bem que a primeira impressão, o "primeiro choque" vem por parte das roupas, mas o que vai ajudar a situação também é o fato de que nos transformamos completamente quando usamos babados e anáguas. Quem já não viu pessoas que quando adotam um pseudônimo mudam completamente sua forma de agir? Pois é, isso acontece muito. Porém, em Lolita é algo um pouco mais complexo... Foi criado um estereótipo de que precisamos ser doces, delicadas, comportadas, não falar palavrões, enfim, não viver de acordo com o comportamento atual da sociedade, e ainda o caso de que Lolita bonita é aquela que tem o corpo esbelto, em forma, ou pelo menos aparenta menos peso. PORRA! Isso está totalmente errado! Se fosse assim eu não podia nem sonhar em chegar perto dessas roupas! Por que 1º: sou muito chata, mal-criada com quem me desrespeita, falo palavrão pra caralho. 2º: ser delicada não combina comigo, por que sou alta, então fico parecendo um robô com defeito,rs.(claro que sei a diferença entre ser delicada e me comportar com vestido, tipo não sentar com pernas abertas, não curvar o corpo e afins.) 3º: sou gorda! Sério, tenho 1,70 e mais de 80 quilos! Porém, faço todos os exames e não tem nada de errado comigo, então me deixa ser gorda,rs. (O mais difícil em ser gorda é achar roupas para você. Quase todas as brands mantêm uma forma pequena, focadas mais no biotipo oriental geral, que é baixo e magro...) Agora voltando ao assunto: muitas meninas assumem uma forma delicadinha e fofinha quando usam Lolita. E isso acaba gerando uma maneira errada de observar as adeptas ao estilo por ser tudo MUITO forçado. LOLITA É UMA ROUPA, UM ESTILO! Você não precisa modificar seus hábitos por causa disso! Você pode fazer o que quiser com as roupas(até assassinar alguém, mas aí se prepare para arcar com as consequências de usar mais as roupas)! AGORA, se você no dia-a-dia é delicada, parabéns, você merece meu devido respeito, porque nos tempos atuais é quase impossível ser meigo, delicado, educado sem receber o título de falso(a)... Ser você mesmo é fundamental para que tanto você quanto as pessoas percebam que Lolita é apenas uma roupa, e que pode se sentir bem sem transmutar sua personalidade por causa de uma saia, um vestido, ou um sapato... Além de ficar muito mais bonito, com um tempero especial todo seu, que nenhuma outra pessoa terá!
Se seguir essas dicas, é certo que não terá mais problemas quanto ao medo de vestir uma linda saia da AatP um sapato do Tao Bao, ou um vestido trabalhado da Moitié. Se sentir bem é o mais importante para que a princesa consiga sair de seu palácio, impecável, com o rosto brilhante e um sorriso contagiante... Podendo sim se parecer com uma boneca de porcelana, ou no meu caso, uma boneca quebrada cheia de bandagens...
• 3ª e mais importante de todas - ser você mesma(o) - muitas pessoas também comentam não apenas sobre suas roupas, mas sobre suas atitudes. Tudo bem que a primeira impressão, o "primeiro choque" vem por parte das roupas, mas o que vai ajudar a situação também é o fato de que nos transformamos completamente quando usamos babados e anáguas. Quem já não viu pessoas que quando adotam um pseudônimo mudam completamente sua forma de agir? Pois é, isso acontece muito. Porém, em Lolita é algo um pouco mais complexo... Foi criado um estereótipo de que precisamos ser doces, delicadas, comportadas, não falar palavrões, enfim, não viver de acordo com o comportamento atual da sociedade, e ainda o caso de que Lolita bonita é aquela que tem o corpo esbelto, em forma, ou pelo menos aparenta menos peso. PORRA! Isso está totalmente errado! Se fosse assim eu não podia nem sonhar em chegar perto dessas roupas! Por que 1º: sou muito chata, mal-criada com quem me desrespeita, falo palavrão pra caralho. 2º: ser delicada não combina comigo, por que sou alta, então fico parecendo um robô com defeito,rs.(claro que sei a diferença entre ser delicada e me comportar com vestido, tipo não sentar com pernas abertas, não curvar o corpo e afins.) 3º: sou gorda! Sério, tenho 1,70 e mais de 80 quilos! Porém, faço todos os exames e não tem nada de errado comigo, então me deixa ser gorda,rs. (
Se seguir essas dicas, é certo que não terá mais problemas quanto ao medo de vestir uma linda saia da AatP um sapato do Tao Bao, ou um vestido trabalhado da Moitié. Se sentir bem é o mais importante para que a princesa consiga sair de seu palácio, impecável, com o rosto brilhante e um sorriso contagiante... Podendo sim se parecer com uma boneca de porcelana, ou no meu caso, uma boneca quebrada cheia de bandagens...
domingo, 17 de junho de 2012
Falsidade verdadeira? Ou verdade falsa?
Querido diário...
Como ser o que somos pode significar algo tão grandioso, se para nós não passa de verdadeira ilusão a face que vamos transpor frente ao espelho da vida? Você pode falar o que quiser: "eu sou sim verdadeiro, sempre fui verdadeiro em relação às pessoas..." Tudo bem, eu entendo isso, mas não estou me referindo a ser verdadeiro com as pessoas, e sim, com o próprio eu. "Mas para eu ser verdadeiro com as pessoas, tenho que ser verdadeiro com meu eu!" Nem sempre...
Muitas vezes, quando somos verdadeiros com as pessoas, apenas "vestimos uma máscara", como se fosse um complemento de suas roupas... Não uma posição nem uma opção da pessoa, apenas uma falsificação de um comportamento qualquer para agradar alguém... Algo muito comum que é um exemplo disso: você andando por um shopping, ou uma avenida comercial, observa uma vitrine repleta das mais variadas roupas, com os mais variados preços, e uma querida peça ao fundo, pequena mas com um enorme poder aquisitivo: a mais cara de todas. Aí você pensa "Credo! Que (bolsa, roupa, sapato) horroroso(a)! Não vale o preço que tem". E a verdade é que você vai esperar aquela peça, seja o que for, entrar em promoção ou queima de estoque e vai lá correndo para comprar e sair com um sorriso lindo e a sacola debaixo do braço.
Primeiro de tudo, você é a única pessoa que, acima de qualquer um, pode se esconder em uma máscara de ferro, e embaralhar suas próprias verdades... Ninguém vai saber a verdade verdadeira se você acreditar que a sua mentira é a verdade. Pode parecer confuso, mas imagine um assassino psicopata, por exemplo. Ele faz com que todas as suas mentiras passem por realidade, por que ele tem a capacidade de modificar sua mentira a tal ponto que até ele se envolver cada vez mais, como uma bola de neve que só vai aumentando... Ele começa a persuadir os outros de uma forma tão bem elaborada, que alguns passam a acreditar em sua própria mentira. Tudo o que ele faz é para algum bem, mesmo que esse "bem" exista apenas em sua cabeça... Ele não mede esforços, vai atrás do que quer pensando apenas nele, em suas próprias escolhas, seus próprios interesses, e se você estiver à sua frente, ele balança os prós e os contras de sua personalidade... Se for bom para ele, o mantém sempre por perto, e só será lembrado quando for conveniente.
Mas por que estou falando sobre isso agora? Bem... Estou percebendo que o mundo está ficando cada vez mais falso, por que de tantas mentiras que já contamos aos outros, tantas omissões fofocas que já fizemos, estamos nos tornando falsos e superficiais. Ninguém mais é capaz de parar e prestar atenção no que o outro está fazendo, estamos olhando apenas para nosso próprio umbigo enquanto nossas pernas se movimentam mecanicamente rumo às nossas covas, às valas da lepra para onde a confiança fora mandada, enxotada por nossas palavras e atitudes cobertas de vergonhosas desculpas.
Preste mais atenção ao que vai falar a uma pessoa e acima e antes de tudo, preste atenção em ser verdadeiro consigo, senão, de nada valerão suas palavras gastas em tempo pouco aproveitado...
Assinar:
Postagens (Atom)